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As perguntas mágicas na gestão condominial


Quando estamos lidan­do com condôminos a palavra mágica não é “se”, mas “quando”. Muito provavelmente você vai en­contrar nos corredores do prédio um condômino que por algum motivo se aborre­ceu com você, com algum co­laborador ou com sua gestão em geral.


Saber lidar com essas questões de cunho pessoal e interesse individual qua­se sempre são importantes para o gestor condominial, que vale a pena lembrar são muito comuns no dia a dia do sindico.


A chave para transformar condôminos insatisfeitos em fãs de sua gestão é saber li­dar com cada situação espe­cificamente. Diariamente os síndicos se deparam com si­tuações inusitadas e pedidos delicados dos condôminos, que normalmente preten­dem descumprir as normas estabelecidas.


Ao encontrar um con­dômino muito aborrecido pelos corredores do pré­dio, evidentemente por ter sido negado algum pedido, ouça atentamente suas re­clamações e faça a primeira pergunta mágica: “O que eu posso fazer para deixa-lo sa­tisfeito?” Em seguida além de se deparar com o espanto dele, ele – o condômino – irá imediatamente relatar seu caso e lhe fazer o pedido.


Evidentemente que o sin­dico deve fazer aquilo que lhe é permitido, mas o bom sen­so pode resolver muita coisa. Muitas vezes você como ges­tor condominial não poderá atendê-lo por vedações na convenção ou no regimen­to interno, mas a primeira pergunta mágica tem o po­der de desarmar o oponente e transforma-lo em solução suas necessidades.


Saber ponderar com o condômino sobre suas li­mitações e as possíveis ve­dações legais podem ajudar bastante na solução de um problema.


Um exemplo bem claro sobre este assunto refere-se a um caso de um condômino que queria alugar o espaço da churrasqueira porém, o regimento interno vedava a entrada de convidados ao limite de 5. O condômi­no insistia de queria levar 9 convidados por se tratar de uma festa de família e não abria mão do pedido. Ciente o condômino da impossibili­dade de sua pretensão queria ganhar a questão na força. Inteligentemente o síndico chamou os conselheiros e os informou sobre o pedido do condômino e imediata­mente encaminhou a saída. Como não havia reserva para o mesmo fim de semana da outra churrasqueira locali­zada ao lado daquela loca­da, haveria a possibilidade de aumentar os convidados para 10 pessoas, mas como? Simplesmente disponibili­zando a churrasqueira livre ao condômino, porém a co­brança da taxa de aluguel do espaço no mês seguinte e viabilizando assim a deman­da do condômino.


Finalmente o condômino ficou muito feliz com a saída proposta pelo sindico e mais feliz ainda porque aumentou o espaço para sua comemo­ração.


Resumindo a situação: 1º)o sindico atendeu ao pe­dido do condômino no au­mento de convidados de sua festa; 2º)não prejudicou o condomínio isentando qual­quer taxa prevista, evitando precedentes, mas cobrando a taxa da churrasqueira após 30 dias apenas adiando o pa­gamento e todos ficarão feli­zes.


Mas às vezes ele – o con­dômino- lhe faz dois pedi­dos: o primeiro você pode­rá atender, mas o segundo não é possível, mas é viável. Neste momento você sindico precisa encontrar um equilí­brio no atendimento da de­manda e tentar transformar a insatisfação e satisfação.


Procure sempre usar a palavra SATISFEITO é mui­to importante psicologica­mente e entendida no mun­do inteiro, além de continuar a negociação emocional psí­quica no fundo com o obje­tivo de satisfazê-lo. Saiba co­locar a palavra no momento certo e aproveite a nova oportunidade e faça outra segunda mágica depois que encaminhar a solução: “Isso vai deixá-lo satisfeito?”.


Provavelmente você irá atender a demanda do con­dômino desde que a solu­ção seja inteligente, viável e não prejudique ninguém. O conceito de satisfação tem o poder de massagear o ego do condômino proporcionando­-lhe alegria e bem estar ime­diatos. Por outro lado, em seu intimo ele se sentira va­lorizado e engrandecido com a solução da situação de for­ma amistosa e passará con­sequentemente a respeitá-lo pela postura administrativa , com o tempo ser seu fã.


Aposte nisso!


| Por: Dr. Condomínio - Aldo Junior

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